RÁDIO

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Questão de ótica

NUDISMO CRISTÃO?

No Brasil existem muitas pessoas que são adeptas do nudismo. Essas pessoas costumam frequentar praias e locais reservados para a prática no naturismo e lá, sem nenhuma cerimônia, se despem e ficam da forma que vieram ao mundo, daí a expressão “naturistas”.

Aqueles que optam por tirar as roupas alegam sentir-se mais confortável, mais leve e sentir-se mais integrado à natureza. Numa visão cristã, o pecado “rebaixou” a humanidade à necessidade de roupas e é respaldado nesta afirmação que hoje, já existem grupos cristãos que são adeptas deste comportamento em seus retiros, que apesar da sã consciência, preferem o anonimato devido os impactos sociais que isto pode causar.

Pastora de uma igreja Pentecostal reconhecida por seu pseudônimo Marcia, 48 anos, se converteu ao naturismo há três anos, após visitar a Praia Olho de Boi, em Búzios-RJ. A mesma afirmou “ser naturista é estar em contato pleno com o Senhor”. Ela diz que o naturismo não tem conotação sensual quando visto através dos olhos do espírito e sem malícia mas apesar disso lamenta o preconceito que enfrenta. Sua opinião não foi participada aos seus fies por reconhecer que causaria grande rebelião, mas está certa que é tão normal quanto estar socialmente vestida e por esta razão compartilha a palavra de Deus com amigos em recantos de nudismo.

Para a grande maioria dos pastores evangélicos, a ideia é inaceitável e argumentam: “Isso é um escândalo! De fato, embora para alguns seja uma questão de opção e para outros, uma questão de cultura, o comportamento é visto como falta de pudor.

Na idade média o nudismo era punido de forma muito severa pois considerava-se um atentado contra a igreja e contra a sociedade. O ato de cobrir o corpo teve seus primeiros registros na Bíblia desde o Éden, quando o homem após ter pecado percebeu que estava nu e fez para si roupas com folhas de figueiras. Gen. 3:7. É exatamente neste fato que encontramos a maior razão para o uso das vestes através dos tempos, como forma de cobrir a nudez. Nesta ótica, é pertinente afirmar que o motivo número um, das vestes, foi o pecado.  A Bíblia afirma que, todos pecaram e com o pecado veio a vergonha e a necessidade de remissão da alma, do espírito e do corpo. Atrelado a esta necessidade, o corpo humano tornou-se Templo do Espírito Santo para a manifestação da glória e da vontade de Deus, por isso não podemos, expô-lo a depravação como objeto sem valia ou algo para apreciação alheia. O corpo deve está em sintonia com as duas outras partes do homem, a alma e o espírito pois os três se completam e se interligam muito entre si. Logo, tirar a roupa em público demonstra, intrinsicamente, um ato de rebeldia contra o próprio Deus que foi a primeira pessoa a vestir adequadamente o Homem.

O nudismo recomendado

Adeptos cristão do naturismo citam a Bíblia para a prática; “A nudez” não era rejeitada até o Pecado. O naturismo leva as pessoas ao estágio original de inocência e a reviver a Criação, justifica a pastora naturista Márcia. Entretanto a melhor contra argumentação para esta afirmação é que o nu só foi possível enquanto não havia maldade no coração do homem. A partir do pecado, os patriarcas foram ensinados por Deus a se cobrir e a passar este princípio para as gerações. “Provar” o fruto proibido agregou a Adão e Eva a malícia, por isso falta consciência bíblica aos nudistas, apesar do entendimento de que o nu em si não seja pecado mas agride a consciência do próximo e desperta sim, a malícia adormecida.

O pecado levou o homem a cobrir seu corpo e a desnudar seu espírito perante Deus. Esse sim é o nudismo que Deus exige de cada homem, um nudismo que passou a ser necessário devido à queda do homem. Precisamos nos apresentar a Deus despidos de toda ignomínia, orgulho, altivez, egoísmo, soberba. Precisamos tirar as roupas sujas que carregamos sobre a alma desde nossa existência para que, diante de Deus completamente despidos possamos ser revestidos da sua graça, do seu amor e misericórdia para que o nosso interior esteja sempre belo, incorruptível e pronto para a manifestação de sua vontade em nossas vidas.  I Pe 3:4

Clóvis Amaral


Opinião

QUAL FOI A GLÓRIA QUE HERODES NÃO DEU?

Antes de esboçar qualquer argumento em defesa do tema acima exposto, quero trazer à memória do leitor o conceito do verbo “GLORIFICAR”. Este verbo significa: honrar, exaltar, condecorar, enaltecer, elevar, engrandecer, atribuir a glória a alguém, homenagear, além de vários outros significados que poderia aqui ser atribuídos ao verbo. Partindo deste princípio e vislumbrando o seu conceito de forma ampla, podemos compreender que a Glorificação pode ser um ato ou comportamento dirigido tanto a uma divindade como a qualquer outra pessoa. Sendo esta segunda situação o ato de honra e reconhecimento natural entre os homens por suas conquistas alcançadas.

Fica claro que GLORIFICAR, seja lá a quem for, não significa portanto pronunciar as derivações do seu termo em alta voz acompanhado ou não por outras expressões como: “Aleluias, “Louvado seja” etc. A falta deste entendimento é que gera em muitos a glorificação inadequada ou a falsa glorificação expressa com os lábios, motivada simplesmente por situações exteriores.

A este respeito vale salientar o quanto Deus é cuidadoso. Por isso, na esfera espiritual, a GLORIFICAÇÃO deve ser atribuída unicamente a Ele porque somente Ele é digno de toda Honra, toda Glória e todo louvor. É exatamente isto que o próprio Deus expressa em Isaias 42:8, “A minha Glória não divido com outrem” e este mesmo Deus repudia a glorificação daqueles que a fazem apenas com os lábios mantendo os seus corações distantes, conforme Isaias 29:13 “Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me Glorifica, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído”. Esta mesma situação Jesus encontrou entre o Escribas e Fariseus ao ponto de chamá-los de hipócritas conforme Mateus 15:8.

A Glória que Herodes não deu.

O que é mais preocupante em tudo isso não é o fato de glorificarem a Deus apenas com os lábios, fruto de uma emoção ou qualquer outra motivação involuntária, que não seja um espírito quebrantado e contrito. Não os repudio, pois de fato não há pecado algum nisso, entretanto me preocupo quando na égide de justificarem um “Glória a Deus!” em alto e bom som, citam Herodes que foi devorado por bichos pelo fato de não “dar” Glórias a Deus!  Se ao menos parassem para entender o que de fato diz as Escrituras a este respeito e adotassem a atitude de um Bereano, que tudo examinava em matéria de Bíblia, entenderiam as circunstâncias da punição de Herodes que culminou com sua morte conforme Atos 12 :23. “E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus, e, comido de bichos, expirou”.

Na época, o Rei Herodes era o governador da Judeia e era um opositor da igreja de Cristo. Ele já havia autorizado a morte de Tiago e em seguida mandou prender a Pedro. Todos esses atos de crueldade e perseguição contra a igreja estava agradando o povo, mas a fugida de Pedro colocou em “xeque” sua autoridade e poder. Foi nesta oportunidade que resolveu resgatar sua autoestima e ganhar de uma vez por toda a confiança dos judeus. Então o rei convocou a todos para uma concentração no palácio real e no dia determinado vestiu suas vestes reais e diante do povo, fez um belo discurso colocando-se no lugar de Deus e atraindo para si a glória que era de Deus. Ele ignorou o seu poder, sua majestade e levou todo o povo a dizer em uma só voz: Esta é a voz de Deus e não a voz de um homem, Atos 12:22. Observe que o povo não estava dizendo que Herodes era um deus e sim o próprio Deus. Essa foi a gota d`agua para o juízo certo contra Herodes e como o próprio Deus já havia dito, Ele não divide sua glória com ninguém. Está bem claro que, o que atraiu o juízo de Deus a Herodes não foi o fato de não ter exclamado: Glória a Deus! Glória a Deus! mas sim, o fato de não ter honrado, exaltado, condecorado, enaltecido, elevado, engrandecido e sobretudo respeitado o nome de Deus através de sua vida e de seus atos. O arrogante e “poderoso” Herodes foi morto humilhantemente pelos menores dos seres, os vermes.

A glorificação em silêncio

Os lábios podem sim, muito dizer sobre Deus para nós mesmos e para os outros. Quando ouvimos nós mesmos num ato de louvor, é como se fosse uma confirmação para alma, sobre nossa crença e nossa fé. Entretanto, não podemos deixar que o emocional dê lugar ao racional compreendendo sempre que, Glorificar a Deus vai muito mais além do que palavras induzidas e repetidas, expressões corporais, o menear dos braços ou qualquer outro ato que apenas justifique ou convença a nós mesmos. O Deus que conhece o coração dos homens e suas intenções quer muito mais que isso, quer um coração adorador, com ações e intenções de adorador.   

·        Deus quer que o glorifiquemos através de nossa rendição a Ele numa vida de total dependência. Gen 2:20
·        Deus quer que o glorifiquemos reconhecendo-o como Deus e criador. Rom 1:21
·        Deus quer que o glorifiquemos dedicando nossos corações unicamente para o seu louvor. Sl 86:12
·        Deus quer que o glorifiquemos através da proclamação de sua palavra através de nossas vidas II Tess 3:1

Clóvis Amaral