Questão
de ótica
NUDISMO CRISTÃO?
No
Brasil existem muitas pessoas que são adeptas do nudismo. Essas pessoas
costumam frequentar praias e locais reservados para a prática no naturismo e
lá, sem nenhuma cerimônia, se despem e ficam da forma que vieram ao mundo, daí
a expressão “naturistas”.
Aqueles
que optam por tirar as roupas alegam sentir-se mais confortável, mais leve e
sentir-se mais integrado à natureza. Numa visão cristã, o pecado “rebaixou” a
humanidade à necessidade de roupas e é respaldado nesta afirmação que hoje, já
existem grupos cristãos que são adeptas deste comportamento em seus retiros,
que apesar da sã consciência, preferem o anonimato devido os impactos sociais
que isto pode causar.
Pastora
de uma igreja Pentecostal reconhecida por seu pseudônimo Marcia, 48 anos, se
converteu ao naturismo há três anos, após visitar a Praia Olho de Boi, em
Búzios-RJ. A mesma afirmou “ser naturista é estar em contato pleno com o
Senhor”. Ela diz que o naturismo não tem conotação sensual quando visto através
dos olhos do espírito e sem malícia mas apesar disso lamenta o preconceito que
enfrenta. Sua opinião não foi participada aos seus fies por reconhecer que
causaria grande rebelião, mas está certa que é tão normal quanto estar
socialmente vestida e por esta razão compartilha a palavra de Deus com amigos
em recantos de nudismo.
Para
a grande maioria dos pastores evangélicos, a ideia é inaceitável e argumentam:
“Isso é um escândalo! De fato, embora para alguns seja uma questão de opção e para
outros, uma questão de cultura, o comportamento é visto como falta de pudor.
Na
idade média o nudismo era punido de forma muito severa pois considerava-se um
atentado contra a igreja e contra a sociedade. O ato de cobrir o corpo teve
seus primeiros registros na Bíblia desde o Éden, quando o homem após ter pecado
percebeu que estava nu e fez para si roupas com folhas de figueiras. Gen. 3:7.
É exatamente neste fato que encontramos a maior razão para o uso das vestes
através dos tempos, como forma de cobrir a nudez. Nesta ótica, é pertinente
afirmar que o motivo número um, das vestes, foi o pecado. A Bíblia afirma que, todos pecaram e com o
pecado veio a vergonha e a necessidade de remissão da alma, do espírito e do
corpo. Atrelado a esta necessidade, o corpo humano tornou-se Templo do Espírito
Santo para a manifestação da glória e da vontade de Deus, por isso não podemos,
expô-lo a depravação como objeto sem valia ou algo para apreciação alheia. O
corpo deve está em sintonia com as duas outras partes do homem, a alma e o
espírito pois os três se completam e se interligam muito entre si. Logo, tirar
a roupa em público demonstra, intrinsicamente, um ato de rebeldia contra o
próprio Deus que foi a primeira pessoa a vestir adequadamente o Homem.
O nudismo recomendado
Adeptos
cristão do naturismo citam a Bíblia para a prática; “A nudez” não era rejeitada
até o Pecado. O naturismo leva as pessoas ao estágio original de inocência e a
reviver a Criação, justifica a pastora naturista Márcia. Entretanto a melhor
contra argumentação para esta afirmação é que o nu só foi possível enquanto não
havia maldade no coração do homem. A partir do pecado, os patriarcas foram
ensinados por Deus a se cobrir e a passar este princípio para as gerações. “Provar”
o fruto proibido agregou a Adão e Eva a malícia, por isso falta consciência
bíblica aos nudistas, apesar do entendimento de que o nu em si não seja pecado
mas agride a consciência do próximo e desperta sim, a malícia adormecida.
O
pecado levou o homem a cobrir seu corpo e a desnudar seu espírito perante Deus.
Esse sim é o nudismo que Deus exige de cada homem, um nudismo que passou a ser
necessário devido à queda do homem. Precisamos nos apresentar a Deus despidos
de toda ignomínia, orgulho, altivez, egoísmo, soberba. Precisamos tirar as
roupas sujas que carregamos sobre a alma desde nossa existência para que,
diante de Deus completamente despidos possamos ser revestidos da sua graça, do
seu amor e misericórdia para que o nosso interior esteja sempre belo,
incorruptível e pronto para a manifestação de sua vontade em nossas vidas. I Pe 3:4
Clóvis Amaral
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