PONTO DE VISTA
DEUS APROVA O SUICÍDIO
DEUS APROVA O SUICÍDIO
O
suicídio é o ato de interrupção da vida por seu detentor mediante utilização de
meios que acelere seu ciclo, culminando com o fim. Estudiosos apontam como
causa principal do suicídio, o transtorno mental psicológico, porém independente
de suas causas e meios, o suicídio se constitui em uma ofensa contra Deus,
porque Ele, e somente Ele, é o autor da vida e a todos a deu deliberadamente
para a sua glória. A vida gira em torno de um conjunto de ações executadas pelo
homem e são essas ações que lhe dão sentido. Por isso o apóstolo Paulo
inspirado pelo Espírito Santo declara: “Portanto,
quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória
de Deus” I Co 10:31. Este é o propósito da vida, a glorificação de Deus
através das ações de cada homem. Defensores alegam que o suicídio é a prática
da vontade legítima, do dever moral ou o exercício do direito de escolha, porém,
por fim a sua própria vida é a forma mais cruel e insensata de declarar para
Deus, que a vida doada por seu infinito amor não tem nenhum sentido, ou
qualquer valor, o que seria uma conclusão absurda a respeito de sua importância
e da sua essência. A vida é algo tão valioso que Deus incluiu no decálogo a
ondem proibitiva de matar Ex 20:13. Ela é um milagre que Deus resolveu compartilhar com
os homens repetidas vezes sem fim, e a considerou tão importante que resolveu
atribuir-lhe a condição de eterna conforme Jo 3:15,16. Condição esta, franqueada a toda a
humanidade, bastando apenas acreditar nesta possibilidade mediante a fé.
Diante
da exposição acima, e partindo do princípio que suicídio é o ato intencional e
espontâneo de matar a si mesmo, quero dizer que, embora pareça antagônico, há
um tipo de suicídio necessário a todos os homens e que Deus aprova. Quando
afirmo que Deus deu à vida uma condição de eternidade, isso corresponde necessariamente
ao fato de se ter uma nova vida, experimentar um novo nascimento, um novo
recomeço, condição indispensável da eternidade com Deus. Esta nova vida exige
de cada um, o ato de matar a si próprio,
de mortificar as obras do corpo para uma vida santificada pelo Espírito
de Deus. Rm 8:13. O apóstolo Paulo foi um, entre milhares, que viveu esta
experiência afirmando que, a vida pós-morte, que estava vivendo, era uma vida
vivida, segundo a vontade de Deus. Gal 2:20; Fil. 1:21. Por esta razão ele
exortava com tanta convicção e firmeza quanto à necessidade do “suicídio”
espiritual, por se tratar de algo cuja ação é individual e mediante opção de
cada um. Escrevendo aos Colossenses ele deixou clara esta exortação quando
disse: Mortificai, pois, os vossos
membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição
desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria Cl 3:5. E
ainda na carta dirigida aos Romanos ele volta a esclarecer a condição dos
santos depois de ter morrido para as obras da carne Rm 6:8,10,11
Além
da recompensa de eternidade com Deus proporcionada por este tipo de “suicídio”
Ele ainda nos proporciona uma Vida abundante conforme Jo 10:10 que só pode ser
encontrada em Jesus Cristo. Esta vida abundante a qual ele se refere é uma
vida completa de elementos que produzem
bem estar espiritual: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão e temperança Gl 5:22.
Na
verdade, enquanto os homens não morrerem para o pecado não encontrarão a
verdadeira vida. E alcançando a verdadeira vida, certamente a morte física
deixará de ser um inimigo e um meio para livrar-se dos monstros diários que nos
perseguem os quais muitos os intitulam de “problemas”.
Clóvis Amaral
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