RÁDIO

segunda-feira, 4 de março de 2013


PONTO DE VISTA

DEUS APROVA O SUICÍDIO

O suicídio é o ato de interrupção da vida por seu detentor mediante utilização de meios que acelere seu ciclo, culminando com o fim. Estudiosos apontam como causa principal do suicídio, o transtorno mental psicológico, porém independente de suas causas e meios, o suicídio se constitui em uma ofensa contra Deus, porque Ele, e somente Ele, é o autor da vida e a todos a deu deliberadamente para a sua glória. A vida gira em torno de um conjunto de ações executadas pelo homem e são essas ações que lhe dão sentido. Por isso o apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo declara: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” I Co 10:31. Este é o propósito da vida, a glorificação de Deus através das ações de cada homem. Defensores alegam que o suicídio é a prática da vontade legítima, do dever moral ou o exercício do direito de escolha, porém, por fim a sua própria vida é a forma mais cruel e insensata de declarar para Deus, que a vida doada por seu infinito amor não tem nenhum sentido, ou qualquer valor, o que seria uma conclusão absurda a respeito de sua importância e da sua essência. A vida é algo tão valioso que Deus incluiu no decálogo a ondem proibitiva de matar Ex 20:13. Ela é  um milagre que Deus resolveu compartilhar com os homens repetidas vezes sem fim, e a considerou tão importante que resolveu atribuir-lhe a condição de eterna conforme  Jo 3:15,16. Condição esta, franqueada a toda a humanidade, bastando apenas acreditar nesta possibilidade mediante a fé.

Diante da exposição acima, e partindo do princípio que suicídio é o ato intencional e espontâneo de matar a si mesmo, quero dizer que, embora pareça antagônico, há um tipo de suicídio necessário a todos os homens e que Deus aprova. Quando afirmo que Deus deu à vida uma condição de eternidade, isso corresponde necessariamente ao fato de se ter uma nova vida, experimentar um novo nascimento, um novo recomeço, condição indispensável da eternidade com Deus. Esta nova vida exige de cada um, o ato de matar a si próprio,  de mortificar as obras do corpo para uma vida santificada pelo Espírito de Deus. Rm 8:13. O apóstolo Paulo foi um, entre milhares, que viveu esta experiência afirmando que, a vida pós-morte, que estava vivendo, era uma vida vivida, segundo a vontade de Deus. Gal 2:20; Fil. 1:21. Por esta razão ele exortava com tanta convicção e firmeza quanto à necessidade do “suicídio” espiritual, por se tratar de algo cuja ação é individual e mediante opção de cada um. Escrevendo aos Colossenses ele deixou clara esta exortação quando disse: Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria Cl 3:5. E ainda na carta dirigida aos Romanos ele volta a esclarecer a condição dos santos depois de ter morrido para as obras da carne Rm 6:8,10,11

Além da recompensa de eternidade com Deus proporcionada por este tipo de “suicídio” Ele ainda nos proporciona uma Vida abundante conforme Jo 10:10 que só pode ser encontrada em Jesus Cristo. Esta vida abundante a qual ele se refere é uma vida  completa de elementos que produzem bem estar espiritual: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança Gl 5:22.

Na verdade, enquanto os homens não morrerem para o pecado não encontrarão a verdadeira vida. E alcançando a verdadeira vida, certamente a morte física deixará de ser um inimigo e um meio para livrar-se dos monstros diários que nos perseguem os quais muitos os intitulam de “problemas”.
Clóvis Amaral

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